segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Mudança sem mudança

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Este ano eu não me mudei. Sim, senhores, isso significa que estou vivendo há mais de dois anos no mesmíssimo apartamento. É porque eu de repente senti que gosto de morar aqui? Claramente não. Ou talvez sim, de alguma forma, depois de alguns acontecimentos.

Dois meses antes do fim do contrato começamos a procurar um novo lar, como de costume, e como suspeitávamos, nos encontramos com algumas dificuldades. No início da pandemia, o presidente lançou um decreto que renovava automaticamente todos os contratos de aluguel até outubro. Nesse período o valor dos aluguéis deveria ser congelado e estavam proibidos os despejos. Ou seja, ninguém estava liberando apartamento e as opções se tornaram bastante escassas.


Mas esse não foi o único problema. Meses antes, uma mudança na lei de aluguéis fez os preços dispararem de uma hora para a outra e um dos poucos apartamentos que entravam em nosso budget era… o que já estávamos morando. Chegamos a visitar alguns que passavam um pouco do orçamento, mas não eram de fato muito melhores que o nosso, talvez em alguns aspectos, mas não valiam a pena o esforço de uma mudança.


Então dissemos ao povo que ficamos, por pelo menos mais um ano. Mas não sem antes dar um jeito nele. Claro que não íamos investir dinheiro mexendo na estrutura do apartamento, então disfarçamos alguns detalhes que nos incomodavam e gastamos todo o dinheiro das festas e bares que não frequentamos nos últimos meses em MÓVEIS. Não é inteligentíssimo comprar móveis novos uma vez que estamos passando 99,9% do nosso tempo em casa? 


Essa é a nossa nova sala. Nos livramos da cama que havíamos transformado em sofá (havíamos realmente transformado ela em um sofá ou isso era o que acreditávamos?) e compramos um de verdade, bem do jeito que a gente queria. 




Outro desejo de muitos anos era ter um carrinho-bar e aqui está ele.



Por último, passamos o computador, synths e demais parafernalhas do Javi para a sala e compramos esse movelzinho. Por que esta decisão tão polêmica? Porque ele estava jogando jogos multiplayer todos os dias até de madrugada sem calar a boca um segundo e, além disso, tinha acabado de comprar um Joystick que faz um barulho insuportável, e quem disse que eu podia dormir em paz? Ele não gostou muito da ideia ter suas coisas na sala, mas ficava tudo meio amontoado no quarto e um sintetizador novo já estava por chegar, de modo que seria impossível manter tudo aquilo no quarto sem que, sei lá, tirássemos a cama de lá. 




O quarto não mudou muito, só foram para lá as almofadas do sofá velho e o teclado, que agora está onde antes habitava a bagunça do Javi. Ainda falta um tapete embaixo dele, mas ainda não achei nenhum que eu goste, por tanto, sem fotos no momento.


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