sábado, 22 de agosto de 2015

Na pele

Eu não sei se é porque o alarmezinho do retorno começou a dar umas apitadas ainda meio inaudíveis ou se é porque esse mês de agosto está cumprindo com louvor seu famoso clichê, mas fato é que nessa última semana eu resolvi me apressar e fazer algo que para mim era obrigatório em Buenos Aires: uma tatuagem. Pesquisei alguns estúdios aqui mesmo em Belgrano e acabei optando pelo Ink Tattoo, porque achei o trabalho do Ruben ótimo, porque ele é uma simpatia, porque o preço era bom e porque é perto de casa. Depois descobri que além de tudo ele é lindo.
A ideia do desenho eu já tinha há muito tempo, a parte do corpo onde eu faria também, então bastou mais alguns minutos procurando exatamente o que eu queria e mais uma adaptação do Ruben e o resultado foi esse:


...que não dá pra ver muito bem porque ela ainda está ensacada, minutos após ser feita, na belíssima tarde de sol do dia de ontem, ao som de umas bandas argentinas obscuras.Vai ter como não lembrar disso quando eu olhar pra ela daqui a dez anos? No. Gracias, Ruben. Te quiero.
 Espero que nenhum pelotudo me pergunte, mas juro que tem um significado, e que na verdade é meio óbvio. Uma flecha. Que é lançada. Que só vai. Que segue em frente. Que não tem muitos planos de retorno. 
Apesar de agora eu ter que comer arroz com ovo pelas próximas duas semanas pra compensar o valor gasto, até passou meu tédio agostino. 

2 comentários:

  1. Na Venezuela dizemos (literalmente) "Vou como uma flecha" (e acho que também em outros países como Uruguai por aquela música da La Vela Puerca... "Por la ciudad" https://www.youtube.com/watch?v=tyN6vWM8-6w ) para nos referirmos à aquelas situações em que vamos só em frente... sem nos preocupar. Assim senti sua tatuagem (e sua prosa). Parabéns. Desculpa se errei com meu português.

    Daniel

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    1. Está perfeito, Daniel, seu português e a interpretação da minha tatuagem. Aliás, você conseguiu explicar melhor do que eu mesma :)

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