sábado, 6 de junho de 2015

Belgrano, mi amor


Depois de exatos 23 dias vivendo na Recoleta, em um hostel sujo, barulhento e provedor de alergias cutâneas, hoje tive o que podemos chamar de a noite mais bem dormida de minha vida porteña até então. Acordei em Belgrano, em meu novo lar. O que de certa forma é engraçado, porque enquanto eu ainda estava no Brasil planejando minha vinda, o bairro nunca me pareceu uma opção de lugar para morar. Eu abria o mapa de Buenos Aires no Google e ele parecia tão distante de tudo, tão zona Norte, tão residencial. Obviamente isso durou até o momento em que o conheci, em minha segunda noite na cidade. A reação é padrão em todo mundo que passa por aqui, claro que eu me encantei.
É longe da maioria dos locais que eu frequentava como turista e que ainda estava conhecendo como nova moradora de Buenos Aires, mas eu não vou precisar deles para sempre, então não há razão para qualquer preocupação. 
Daí que hoje acordei cedo por conta própria e passei a manhã ouvindo (e cantando) Taylor Swift como uma adolescente púbere e sem fones, porque o rommie já havia ido para seu curso de gastronomia, assim que estava sozinha. 


Fui para a sala de pijama e meias e abri a porta da sacada. E é este cenário acima que eu vejo e vou continuar vendo todas as manhãs até Diego me expulsar daqui, que ele já disse com todas as letras que minha alegria belgraniana durará uns poucos meses. Mas quem se importa, o que vale é a intensidade.
Vou descer ali e comprar umas frutas.

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